A função da bexiga é armazenar a urina produzida pelos rins, até que ela seja eliminada. Assim como diversos órgãos do nosso corpo, ela também pode ser acometida por diversas doenças, como um tumor. O câncer de bexiga atinge as células que cobrem o órgão, podendo ser classificado de diferentes formas.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020-2022, o número de novos casos de neoplasias de bexiga será de 7.590 em homens e de 3.050 em mulheres, o que corresponde a 7,23 casos novos a cada 100 mil homens e 2,80 para cada 100 mil mulheres.

Apesar do aumento no número de casos nos últimos anos, o avanço nos tratamentos é significativo, principalmente quando o tumor é diagnosticado precocemente. A possibilidade de cura depende de diversos fatores, como a extensão da doença, a idade do paciente e condições clínicas gerais.

Convido você, leitor, a acompanhar cinco fatos importantes sobre este tipo de câncer.

1.  Tipos diferentes de tumores de bexiga

O tipo de câncer de bexiga depende das células que sofreram alterações, sendo as principais classificações:

• Carcinoma de células de transição – este é o tumor que ocorre na maioria dos casos. Tem o seu início nas células do tecido mais interno da bexiga;
• Carcinoma de células escamosas – são menos comuns e costumam ocorrer depois de infecções ou irritação crônica;
• Adenocarcinoma – inicia nas células glandulares que podem se formar na bexiga. Também pode aparecer depois de um período longo de inflamação ou irritação.

2.  O câncer de bexiga é mais comum em homens

Conforme os dados divulgados acima, podemos concluir que esse câncer acomete mais homens do que mulheres. Alguns dos fatores associados a esta estimativa podem ser o risco ocupacional, ou seja, homens expostos a compostos químicos no ambiente de trabalho, e o tabagismo, já que este é o principal fator de risco ao aparecimento do tumor.

3.  Principais fatores de risco

Alguns fatores de risco aumentam a chance de desenvolver o câncer de bexiga, sendo os principais:

• Tabagismo: principal fator de risco, este hábito está associado à doença em até 70% dos casos;
• Exposição ocupacional: trabalhadores de alguns setores, como agricultura, construção, fundição, mineração, siderúrgica, cabeleireiros, entre outros, podem estar expostos a diversos compostos químicos que aumentam o risco de desenvolver o câncer de bexiga;
• Idade e raça: homens brancos e idade avançada são considerados fatores de risco à doença.

4.  Sintomas de alerta

Conheça os principais sintomas de alerta que não devem ser ignorados. Vale frisar que estes sinais podem estar associados ao câncer de bexiga ou a outros problemas no aparelho urinário. São eles:

• Dor ao urinar;
• Necessidade frequente de urinar, ao mesmo tempo em que há dificuldade na micção;
• Sangue na urina;
• Infecções urinárias frequentes.

5.  Prevenção do câncer de bexiga

A detecção precoce é sempre a melhor estratégia, já que os índices de cura se elevam significativamente. Por isso, procurar um especialista no primeiro sinal de alerta faz toda a diferença.

Para os profissionais expostos a produtos químicos, utilizar equipamentos de proteção adequados é fundamental para a prevenção.

Ingerir bastante água (pelo menos 2 litros por dia no caso de adulto) é realmente importante para que você elimine pela urina substâncias nocivas que podem agredir a parede da bexiga.

Por fim, não fumar e apostar em uma alimentação equilibrada é importante para a prevenção de diversas doenças, como o câncer de bexiga.

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