O mês de maio é marcado pelo Dia Mundial de Combate ao Câncer de Ovário (08), que chama a atenção para esta que é uma neoplasia silenciosa e agressiva, especialmente por, na maioria dos casos (cerca de 75% deles), ser diagnosticada em estágios avançados.
Nesse cenário, é fundamental conscientizar todas as mulheres sobre a doença e seus diferentes aspectos. Pensando nisso, desenvolvi esse conteúdo. Confira e saiba mais sobre o assunto.
O câncer de ovário é o tipo de tumor ginecológico mais difícil de ser detectado. Para começar, ao contrário dos tumores de colo de útero, por exemplo, que podem ser prevenidos ou detectados precocemente pelo exame Papanicolau, não existe um rastreamento específico para a doença.
Além disso, quando está em fases iniciais, dificilmente apresenta sintomas, fazendo com que a mulher procure um médico apenas quando o tumor já se encontra mais avançado, reduzindo ou impossibilitando as chances de cura.
Mas o que fazer nesse caso? A conduta mais importante é a realização de check-ups ginecológicos de rotina, contendo exames de imagem como a ultrassonografia transvaginal, capaz de detectar lesões sugestivas de malignidade.
Se o médico tiver alguma suspeita, pode indicar outros procedimentos, incluindo a ressonância magnética da pelve.
Os fatores de risco para o câncer de ovário, em sua maioria, são não evitáveis. Ou seja, a principal arma contra a doença é a detecção precoce. Veja quais são eles:
– idade avançada, sendo que a maioria das mulheres com esse tipo de tumor têm mais de 60 anos;
– nuliparidade (ausência de filhos);
– histórico familiar de câncer de ovário ou de mama, pois ambas as neoplasias podem ter uma ligação genética;
– síndromes genéticas como a BRCA1 e BRCA2, síndrome de Lynch e alterações nos genes BRIP1, RAP51C ou RAD51D. Quando há confirmação das mutações, as pacientes precisam ser acompanhadas regularmente, além de ser possível a realização de cirurgias redutoras de risco.
Caso você tenha história na família, é importante procurar um oncogeneticista para avaliação e possível investigação.
Como citei, o câncer de ovário não costuma dar sinais iniciais quando está no início. Porém, conforme avança, pode apresentar os seguintes sintomas:
– dor ou desconforto abdominal (gases, indigestão, cólicas e inchaço);
– sensação de empachamento mesmo após refeições leves;
– alterações intestinais (diarreia ou prisão de ventre);
– necessidade frequente de urinar;
– sangramento vaginal fora do ciclo menstrual;
– dores nas costas, especialmente na região lombar;
– dor nas relações sexuais;
– fadiga incomum;
– perda ou ganho de peso sem causa aparente.
Como você viu, alguns deles podem ser relacionados com um mal-estar comum, levando algumas mulheres a adiar a busca por um médico. Por isso, não deixe de agendar uma consulta caso os sintomas sejam persistentes.
Espero que esse conteúdo tenha sido esclarecedor para você. Confira agora o artigo que fala sobre os tumores ginecológicos mais comuns!