O câncer ginecológico costuma ser uma doença que inicia de forma silenciosa, sem sintomas aparentes. Ao mesmo tempo, ele está entre os tipos de neoplasias que mais afetam as mulheres.

Os tumores de colo do útero por exemplo, se encontram em terceiro lugar na lista dos mais comuns, atrás apenas do câncer de mama e colorretal (sem contar o câncer de pele não melanoma).

Por esse motivo, conhecer melhor cada um deles, é de suma importância, pois o diagnóstico precoce aumenta, e muito, as taxas de cura dos diferentes cânceres ginecológicos. Pensando nisso, eu criei este conteúdo. Acompanhe e fique atenta!

Conheça os principais tipos de câncer ginecológicos

As neoplasias ginecológicas podem acometer qualquer parte do sistema reprodutor feminino, sendo mais comuns, ou mais agressivas, conforme a região. Veja agora quais são elas:

Câncer de ovário

Essa é a segunda neoplasia mais comum entre os cânceres ginecológicos. Um dado preocupante é que, na maioria dos casos, os tumores de ovário são diagnosticados em fases avançadas.

Isso ocorre tanto pela ausência de sintomas iniciais quanto a falta de exames específicos de rastreio. Por isso é fundamental o acompanhamento de rotina com o ginecologista. Os principais fatores de risco para a doença são:

• histórico familiar de câncer de ovário ou mama;
• síndromes genéticas como a BRCA1 e BRCA2;
• sobrepeso e obesidade;
• idade a partir dos 40 anos;
• fatores reprodutivos e hormonais (mulheres que nunca tiveram filho, tiveram a primeira menstruação precocemente e a menopausa tardia).

À medida que o tumor cresce, os sinais mais comuns são dor no abdômen (que também pode sofrer inchaço), pelve, costas ou pernas, além de náusea, prisão de ventre ou diarreia e cansaço.

Câncer de colo do útero

Também chamado de câncer cervical, diferente do câncer de ovário, o câncer de colo de útero pode ser detectado pelo exame Papanicolau. A boa notícia é que se ele for diagnosticado precocemente, as chances de cura chegam a 95%.

A principal causa deste tipo de câncer ginecológico é a infecção persistente por alguns tipos de papilomavírus humano (HPV). Os principais fatores de risco são:

• início das atividades sexuais de forma precoce;
• múltiplos parceiros sexuais;
• falta de proteção durante o ato sexual;
• tabagismo;
• uso de anticoncepcional por longos períodos.

Os principais sintomas da doença são sangramento vaginal intermitente ou logo após a relação sexual, secreção vaginal anormal, dor abdominal, incômodo intestinal ou urinário.

Câncer de endométrio

Apesar de ser possível ocorrer em qualquer idade, o câncer de endométrio é mais comum em mulheres na menopausa e período pós-menopausa. Para detectar essa neoplasia, são feitos exames que permitem visualizar o interior do útero. Veja os principais fatores de risco:

• obesidade;
• mulheres que nunca tiveram filhos;
• primeira menstruação precoce e menopausa tardia;
• hipertensão arterial;
• diabetes;
• predisposição genética;
• falta de ovulação crônica;
• uso de estrogênio para reposição hormonal na menopausa.

Entre os sintomas, o mais comum é o sangramento vaginal fora do período menstrual ou em mulheres já na menopausa.

Câncer de vulva

Considerado um tipo de câncer mais raro, geralmente é marcado pelo crescimento de verrugas. Embora muitos dos fatores de risco do câncer de vulva ainda não foram identificados, os principais são:

• mulheres com mais de 50 anos;
• infecção por HPV;
• tabagismo;
• múltiplos parceiros sexuais.

Entre os sintomas, vale citar ardência ou coceira na região genital, dor ou queimação, sangramento fora do período menstrual, nódulo vermelho, rosa ou branco na vulva.

Câncer de vagina

Este também é um tipo de câncer raro. Os fatores de risco conhecidos para desenvolver o câncer de vagina são:

• ter mais de 60 anos de idade;
• infecção pelo HPV;
• tabagismo;
• múltiplos parceiros sexuais

Os sintomas mais comuns são sangramento após relação sexual, dor pélvica ou na vagina e dor ao urinar.

Importância da prevenção e diagnóstico precoce

Na maior parte dos casos de câncer ginecológico, se a doença for diagnosticada precocemente, as taxas de cura são acima de 90%. Por isso, é tão importante manter atualizado o acompanhamento com o ginecologista, bem como estar em dia com os exames de rotina solicitados. Cuide de você, não deixe a sua saúde para depois.

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