Normalmente, as pessoas não sabem ao certo o que faz um oncologista clínico até o momento em que elas mesmas ou seus familiares são diagnosticados com um câncer. Como o tratamento das neoplasias envolve diferentes protocolos e uma equipe multidisciplinar, são diversas as dúvidas que surgem, incluindo sobre a atuação deste médico.
De modo geral, essa é a especialidade responsável pelos tratamentos medicamentosos, como quimioterapia, imunoterapia, terapias-alvo e hormonioterapia. Além disso, é importante saber que este especialista deve participar de todas as etapas decisórias, junto aos outros médicos que acompanham o paciente. Para que você entenda melhor estas diferentes funções, desenvolvi este conteúdo. Confira a seguir!
Antes de explicar sobre o que faz um oncologista, é importante que você compreenda o que é a oncologia, também chamada de cancerologia. Trata-se da área da Medicina que estuda as diversas neoplasias, as quais são divididas em subáreas, e o seu desenvolvimento no organismo, de modo a realizar os melhores tratamentos conforme o caso.
Como citado, é uma área que requer a colaboração de diferentes especialistas, incluindo os oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, médicos de diferentes especialidades, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos, nutricionistas, entre outros.
Além de atuar na prescrição de medicações antineoplásicas e no acompanhamento do paciente durante o tratamento, é importante que o oncologista clínico também participe da decisão das outras etapas terapêuticas, uma vez que existem diferentes maneiras de conduzir um mesmo caso.
Isso envolve a indicação de outros protocolos, como a radioterapia, que fica a cargo dos radioterapeutas ou radio-oncologistas, e procedimentos cirúrgicos, a serem realizados pelos cirurgiões oncológicos das diferentes áreas de atuação.
Para exemplificar, se um paciente é diagnosticado com câncer de próstata, as opções de tratamento podem variar, tendo como opções o tratamento medicamentoso, radioterapia ou cirurgia, isolado ou em combinação, a depender do estadiamento da doença.
Em câncer de bexiga, o tratamento também pode variar e incluir quimioterapia, cirurgia ou radioterapia. Assim, a opinião do médico oncologista se faz muito importante para explicar as diversas opções terapêuticas ao paciente e auxiliar na tomada de decisão, visando melhores resultados clínicos.
Agora que você já sabe melhor sobre a atuação do oncologista clínico, pode estar se perguntando como escolher o melhor especialista para realizar o tratamento do câncer. Essa decisão envolve alguns pontos relevantes.
Felizmente, a última década trouxe avanços importantes no tratamento oncológico, com o desenvolvimento de novas drogas que permitiram um aumento nas chances de cura e controle dos diversos tipos de câncer. Com isso, fica cada vez mais difícil para o oncologista se manter atualizado em todas as áreas do conhecimento, e por isso tem sido cada vez mais importante a especialização em subáreas como por exemplo, tumores geniturinários, ginecológicos, mamários, pulmonares e assim por diante.
No meu caso, minhas áreas de especialidade são tumores geniturinários, que foi o foco do meu fellowship e pesquisa, e tumores ginecológicos.
Outro fator importante é a afinidade com o especialista. Afinal, ele estará presente em todas as fases do tratamento, o que requer confiança, empatia e segurança em seu trabalho.
Esses são alguns dos aspectos importantes para tomar esta decisão tão importante, seja para si ou para entes queridos.
Espero que este conteúdo tenha sido esclarecedor para você. Confira agora o post com 5 fatos sobre o câncer de bexiga!